Por Maula Elisa Nascimento (psicóloga e psicanalista)
Não é muito simples estabelecer diferenças entre estas três categorias e muitas vezes os próprios profissionais de saúde e educação, também ficam confusos na hora de indicar e encaminhar seus pacientes ou alunos.
Ciente desta dificuldade, vou traçar as diferenças para nortear referências e escolhas. Vou iniciar estabelecendo diferenças entre psiquiatras e psicólogos. Sabemos, de forma geral, que ambos são profissionais de saúde mental. Mas o que os diferencia?
Psiquiatras tem formação em medicina e se especializam em psiquiatria. Este percurso acadêmico pode durar 8 a 10 anos. Na sua formação médica, os psiquiatras podem prescrever medicações, quando necessário. O uso de medicação está associado a melhoria da qualidade de vida e também diminuição dos sintomas, que por vezes podem deixar os pacientes inadequados para convivência social, familiar e profissional. Cabe ao psiquiatra identificar e diagnosticar como doenças psíquicas, mentais e emocionais, como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, esquizofrenia, compulsão alimentar, anorexia e demais transtornos.
Historicamente os psiquiatras atuavam somente em instituições asilares, os hospitais psiquiátricos. Após o século XVlll, passaram a realizar também atendimentos em consultórios.
Psicólogo é um profissional formado em psicologia, que é a ciência que estuda o comportamento e processos mentais: emoções, sentimentos, razão e pensamento. A graduação em psicologia é de 5 anos e nela o profissional aprende diferentes técnicas para tratar problemas relativos à mente humana.
O psicólogo não prescreve medicações e quando percebe alguma alteração disfuncional, realiza encaminhamentos ao psiquiatra. O tratamento psicológico consiste em conversas terapêuticas e observação do comportamento do paciente. Assim como o psiquiatra, o psicólogo também trata como doenças que afetam a saúde mental, como as citadas anteriormente. A psicoterapia visa promover o autoconhecimento, a elevação da autoestima, uma análise das relações sociais e afetivas que fazem parte do contexto de vida do paciente, a compreensão das fases transitórias da vida, como infância, adolescência, juventude e velhice e ajuda na criação de situações de perdas, morte e luto, entre outras questões.
Psicólogos atuam em consultórios, clínicas, hospitais gerais e psiquiátricos, escolas, creches, presídios, fóruns e clubes esportivos, entre outras possibilidades.
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